LEI DE ENGEL
Quanto maior for o rendimento de uma família, menor tenderá a ser a proporção dos seus rendimentos gasta em alimentação e maior será a proporção dos rendimentos gasta em cultura, lazer, e gastos diversos.
Uma família que viva com o salário mínimo gastará a maior parte do rendimento em alimentação, e pouco restará depois de pagar a habitação, provavelmente para vestuário ou calçado barato. Bens de luxo serão inexistentes.
Quando o rendimento sobe, as famílias naturalmente gastarão mais dinheiro em todas as rubricas, mas observando a estrutura do consumo – a importância percentual de cada rubrica – verifica-se que a alimentação perde importância, enquanto os gastos diversos ganham maior expressão. Por exemplo, ganhando mais poderão sair mais vezes, ir ao cinema e jantar fora. A refeição no restaurante não é alimentação, porque também se paga o serviço, e portanto seria incluída em gastos diversos.
O Gráfico abaixo mostra a proporção das despesas de consumo final das famílias por tipo de bens e serviços. De 1995 a 2019, indicando maior poder de compra o coeficiente orçamental das despesas em alimentação, bebidas e tabaco caiu 2,9pp (pontos percentuais) (19,1%-22,0%=-2,9pp). De 1995 a 2007 o coeficiente orçamental da alimentação assinala maior prosperidade caindo -3,2pp (18,8%-21,0%=-3,2pp). A crise financeira de 2007/08 e programa austeritário PAEF, 2011-2014, explicarão parte do empobrecimento dos portugueses, que se traduz na subida deste coeficiente em 2,3pp de 2007 a 2013 (21,1%-18,8%=2,3pp). Libertos da Troika, os portugueses terão assistido a uma recuperação de rendimentos, de 2013 a 2019, observando a queda em 2,0pp (19,1%-21,1%=2,0pp) do coeficiente orçamental das despesas em alimentação.
Ficheiro
Considera as despesas de consumo de quatro famílias, os Alves, os Brito, os Cunha e os Damásio:
1. Calcula o orçamento de cada uma das famílias.
NOTA: Utiliza o ficheiro no Google Drive, e no final posta no blogue o link de partilha do ficheiro.
2. Determina os coeficientes orçamentais das quatro famílias para cada classe de despesa. (No ficheiro)
3. Representa graficamente as despesas percentuais das famílias nas diversas rubricas de despesa. (No ficheiro)
4. Verifica como a interpretação do quadro te conduz à Lei de Engel.
5. Partindo das Despesas de consumo final das famílias por tipo de bens e serviços (Ficheiro de ajuda), constrói um gráfico semelhante ao acima apresentado, para o período 1995-2022.
6. Analisa o gráfico que construíste no ponto anterior.
7. Refere como o consumo varia com os seguintes factores extra-económicos:
a) Estrutura etária dos agregados familiares;
b) Estilos de vida (v.g. fast-food, consumos lights, desportos radicais, consumos com consciência ambiental);
c) Moda;
d) Publicidade;
e) Cultura.
Rendimento e Condições de Vida PT-UE (2023)
Segundo dados do EuroStat, Statistics on Income and Living Conditions (EU-SILC), 20,1% da população portuguesa vive em risco de pobreza ou de exclusão social, situação que na República Checa se aplica apenas a 11,8% da população. Em ambos os países as mulheres correm um risco superior ao dos homens, tal como os desempregados. Os jovens relativamente aos idosos correm menor risco na República Checa, maior risco em Portugal. As famílias com filhos correm um risco superior às que não têm crianças em Portugal, mas não na República Checa.
Fonte: EUROSTAT.
Define-se a população em risco de pobreza ou exclusão social como os indivíduos em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material severa.
As famílias consideram-se em risco de pobreza quando o rendimento por adulto se encontra abaixo de 60% da mediana de rendimento por adulto do país.
A intensidade laboral per capita muito reduzida, de famílias que trabalham em média menos de 20% do tempo de trabalho possível, contribui para colocar as famílias em situação de privação material.
Define-se Taxa de privação material e social como a proporção da população em que se verificam pelo menos cinco das seguintes treze dificuldades:
i) pagar a renda ou as contas da casa;
ii) aquecer a habitação de forma adequada;
iii) fazer face a despesas inesperadas;
iv) consumir carne, peixe ou um equivalente proteico de dois em dois dias;
v) tirar uma semana de férias fora de casa;
vi) ter acesso a uma viatura/carrinha para uso pessoal;
vii) substituir móveis usados;
viii) substituir roupa usada por roupa nova;
ix) ter dois pares de sapatos que sirvam;
x) gastar uma pequena quantia de dinheiro por semana consigo mesmas (-dinheiro de bolso-);
xi) ter atividades de lazer regulares;
xii) reunir-se com amigos/família para uma bebida/refeição pelo menos uma vez por mês;
xiii) e dispor de uma ligação à Internet. (metainformação - Eurostat)
A Taxa de privação material e social severa corresponde à proporção da população em que se verificam pelo menos sete das treze dificuldades descritas.
Persons at risk of poverty or social exclusion by age and sex Explorar no EUROSTAT
1. Consultando a Infografia do EuroStat constrói no Paint uma imagem comparando Portugal com o país A.
2. Consultando o destaque do INE Rendimento e Condições de Vida, de Janeiro de 2023: *** Backup
a) indica o grupo etário em que a pobreza mais se reduziu. Justifica. (Fig. 3)
b) indica os dois grupos que segundo a condição perante o trabalho, correm maior risco de pobreza. (Fig. 5)
c) refere a relação entre o nível de escolaridade e o risco de pobreza (Fig. 6)
d) observando a taxa de risco de pobreza segundo a composição do agregado familiar, identifica a categoria em que o risco aumentou. Justifica. (Fig. 7)
e) comenta a importância das transferências sociais na redução do risco de pobreza. Justifica. (Fig. 10)
3. No mesmo documento (Fig. 18) observe a tabela Indicadores de privação material e social. Comente a sua evolução e justifique a relação entre a Taxa de privação material e social e a Taxa de privação material e social severa.
4. Utilizando a Taxa de privação material e social severa (no PORDATA) para 2015 e 2022 (Ficheiro de ajuda), constrói no Excel e comenta e um gráfico com os 5 países indicados, Portugal e 4 países contrastantes (2 mais pobres e 2 mais ricos).
Como fazer um Gráfico no Excel com o PORDATA?
Alargamentos 1957-2020
Fonte: EUROSTAT.
Define-se a população em risco de pobreza ou exclusão social como os indivíduos em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material severa.
As famílias consideram-se em risco de pobreza quando o rendimento por adulto se encontra abaixo de 60% da mediana de rendimento por adulto do país.
A intensidade laboral per capita muito reduzida, de famílias que trabalham em média menos de 20% do tempo de trabalho possível, contribui para colocar as famílias em situação de privação material.
Define-se Taxa de privação material e social como a proporção da população em que se verificam pelo menos cinco das seguintes treze dificuldades:
i) pagar a renda ou as contas da casa;
ii) aquecer a habitação de forma adequada;
iii) fazer face a despesas inesperadas;
iv) consumir carne, peixe ou um equivalente proteico de dois em dois dias;
v) tirar uma semana de férias fora de casa;
vi) ter acesso a uma viatura/carrinha para uso pessoal;
vii) substituir móveis usados;
viii) substituir roupa usada por roupa nova;
ix) ter dois pares de sapatos que sirvam;
x) gastar uma pequena quantia de dinheiro por semana consigo mesmas (-dinheiro de bolso-);
xi) ter atividades de lazer regulares;
xii) reunir-se com amigos/família para uma bebida/refeição pelo menos uma vez por mês;
xiii) e dispor de uma ligação à Internet. (metainformação - Eurostat)
A Taxa de privação material e social severa corresponde à proporção da população em que se verificam pelo menos sete das treze dificuldades descritas.
Persons at risk of poverty or social exclusion by age and sex Explorar no EUROSTAT
2. Consultando o destaque do INE Rendimento e Condições de Vida, de Janeiro de 2023: *** Backup
a) indica o grupo etário em que a pobreza mais se reduziu. Justifica. (Fig. 3)
b) indica os dois grupos que segundo a condição perante o trabalho, correm maior risco de pobreza. (Fig. 5)
c) refere a relação entre o nível de escolaridade e o risco de pobreza (Fig. 6)
d) observando a taxa de risco de pobreza segundo a composição do agregado familiar, identifica a categoria em que o risco aumentou. Justifica. (Fig. 7)
e) comenta a importância das transferências sociais na redução do risco de pobreza. Justifica. (Fig. 10)
3. No mesmo documento (Fig. 18) observe a tabela Indicadores de privação material e social. Comente a sua evolução e justifique a relação entre a Taxa de privação material e social e a Taxa de privação material e social severa.
4. Utilizando a Taxa de privação material e social severa (no PORDATA) para 2015 e 2022 (Ficheiro de ajuda), constrói no Excel e comenta e um gráfico com os 5 países indicados, Portugal e 4 países contrastantes (2 mais pobres e 2 mais ricos).
Como fazer um Gráfico no Excel com o PORDATA?
Alargamentos 1957-2020
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