No último post provavelmente estranhaste a ideia de Jean-Claude Trichet, de um Ministério das Finanças Europeu. Felizmente já ouviste falar do caso "Pingo Doce" para compreender que a os países da União Monetária não poderão ter políticas fiscais muito diferenciadas, sob o risco de todas as empresas estudarem engenharia financeira para verificarem onde podem pagar menos.
Este "planeamento fiscal" é particularmente injusto porque o factor trabalho não dispõe da mesma opção. Acresce que caiu a pintura a Soares dos Santos que para promover o Pingo Doce andava a fazer publicidade dando ao país lições de patriotismo. Por isso o assunto espalhou-se pelas redes sociais.
A imprensa económica não lhe critica a racionalidade das decisões, porque grande parte das empresas que estão cotadas no principal índice da Euronext Lisboa fazem o mesmo.
1. Em entrevista ao EXPRESSO, Soares dos Santos justificou por que motivos se sentiu injustamente atacado.
Apresenta dois.
2. Apesar de a decisão de Soares dos Santos ser economicamente racional, ser legal, e corresponder rigorosamente ao comportamento de outros grupos grupos económicos, observa que continua ser moralmente criticável.
3. "O erro do Brasil só foi estudado em 2010 porque o trauma foi muito grande. Por isso recorri a um professor português do MIT e do INSEAD..."
Justifica a propensão comum à generalidade dos empresários de recorrem a economistas depois de terem passado por algum "susto".
4. Extrai da entrevista três motivos que poderão levar os empresários portugueses a preferir pagar impostos na Holanda.
5. Verifica que Soares dos Santos procura abstrair-se de questões emocionais, justificando a sua responsabilidade "profissional".
6. Se a generalidade dos empresários portugueses não acreditasse na hipótese de Portugal no Euro, e deslocalizasse as suas actividades, que consequências imediatas teria essa atitude sobre a economia portuguesa?
Em que medida a nova política do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de "fazer tudo para salvar o euro" alterou o comportamento dos investidores para atitudes mais favoráveis à economia portuguesa?
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