A heterogeneidade de situações de desenvolvimento

História de 200 países em 200 anos, vista em 4 minutos

Recursos em vídeo
Apresentações
Textos em PDF
I Parte
1. Destaque dois aspectos da apresentação Uma breve história da Economia Global desde 1800.
2. Destaque dois aspectos da apresentação Aspectos-chave do Desenvolvimento Global.
3. Destaque dois aspectos do texto Crescimento Económico e Desenvolvimento.
4. Lendo o último Relatório do PNUD, identifique:
a) as pessoas mais vulneráveis, a quê e porquê (p. 19);
b) os choques e ameaças ao desenvolvimento humano (p. 21);
c) as políticas para a redução da vulnerabilidade e o reforço da resiliência (p. 26);
d) outros dois aspectos que entenda interessantes.
5. “Um estudo da cadeia de valor do iPod da Apple conclui que a maioria dos postos de trabalho necessários se situavam na Ásia, enquanto o maior volume salarial é pago nos Estados Unidos.” (p. 115) Comenta.

Os últimos 200 anos mudaram o Mundo. Em 1803 o Reino Unido era o país com maior rendimento per capita – 2.744 dólares - e nenhum outro tinha esperança de vida superior a 40 anos.
A industrialização teve um maior impacto nos países europeus e nos Estados Unidos, que cresceram mais rapidamente e ficaram cada vez mais ricos.

Após o final da II GGM o crescimento é mais acelerado, destacando-se a recuperação Japão, seguido pouco mais tarde pela China e pela Índia.

Hoje todos os países têm esperança de vida acima dos 45 anos, ultrapassando os 80 em alguns. Como este é um número médio, uma esperança de vida baixa significa uma mortalidade infantil elevada nos países menos desenvolvidos.
E a diferença entre o rendimento per capita dos países mais pobres relativamente aos mais ricos é enorme... Actualmente o rendimento per capita no Qatar é 223 vezes superior ao registado na República Democrática do Congo, havendo uma grande diversidade de situações intermédias.


Portugal é geralmente apresentado como um um país em desenvolvimento, porque os seus indicadores económicos se encontram acima dos valores observados nos países do Sul, mas ainda estamos muito afastados dos países do Norte.

Vamos estudar esta diversidade de situações, tirando partido da organização da turma em grupos/blogues, cuja imagem conjunta, no final evidenciará a heterogeneidade de situações de desenvolvimento verificadas nos países desenvolvidos (DC - Developed Countries), países em (vias de) desenvolvimento (PED/PVD) e nos países menos desenvolvidos (LDC - Least Developed Countries).
Cada grupo de alunos/blogue, irá comparar um conjunto diferente de 8 países contrastantes, 4 países desenvolvidos e 4 países incluídos noutra categoria:

Alexandre & Ana
Países Desenvolvidos (Noruega, França, Finlândia e Japão)
NPI de 1ª Geração / Tigres Asiáticos (Hong – Kong, Coreia do Sul, Singapura e Taiwan) – NPI significa Novos Países Industrializados

Bruno & Emanuel
Países Desenvolvidos (Suécia, Holanda, Noruega e Estados Unidos)
NIC (México, Brasil, Malásia e Turquia) – NIC também significa novos países industrializados, a sigla vem do inglês Newly Industrialized Countries, mas refere-se a um conjunto diferente de países, noutro contexto histórico

Daniel & Tiago
Países Desenvolvidos (Suíça, Alemanha, Suécia e Austrália)
Países Exportadores de Petróleo (Arábia Saudita, Irão, Emiratos Árabes Unidos e Kuwait) - PEP

Jorge & Onofre
Países Desenvolvidos (Suíça, Alemanha, Suécia e Austrália)
Países pejorativamente referidos na imprensa desde a Crise Financeira de 2008 (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Spain) - PIGS

Márcio, Rafael R & Miguel
Países Desenvolvidos (Islândia, Holanda, Reino Unido e Nova Zelândia)
PALOP (Cabo Verde, Guiné, Angola e Moçambique) - PALOP

Rafael L & Ifeanyi Ashala
Países Desenvolvidos (Bélgica, Reino Unido, Dinamarca e Canadá)
Países em Vias de Desenvolvimento (Argentina, Chile, Portugal e Grécia) - PVD

Nelson
Países Desenvolvidos (Luxemburgo, Áustria, França e Estados Unidos)
IDH Médio (Filipinas, Botsuana, Mongólia, e Egipto)

Pedro Pais & André Santos
Países Desenvolvidos (Holanda, Irlanda, Alemanha e Japão)
BRIICS (África do Sul, Rússia, Índia e China) - BRIICS (Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul) http://www.oecd.org/dataoecd/35/34/42324460.pdf

Serão utilizados preferencialmente nesta tarefa os dois primeiros recursos:
- Google Public Data Explorer;
- Gapminder;
- Recomenda-se que visite os Indicadores Online caso sinta necessidade de recursos adicionais.

II Parte
Tarefa: Comparar os países indicados...

1. ... construindo no mínimo 3 Gráficos com o Google Public Data Explorer, tendo o cuidado de seleccionar indicadores económicos, demográficos e sócio-culturais. Cada gráfico deverá ser incorporado no blogue e acompanhado de um comentário breve.

2. ... criando no mínimo mais 3 Gráficos com o Gapminder World. Indicar no blogue o respectivo link e realizar um comentário breve a cada gráfico.

3. ... utilizando a funcionalidade DATA do Gapminder, importar ficheiros do Excel para produzir neste software, no mínimo 3 outros Gráficos. Gravar as imagens no Paint. Produzir um comentário breve a cada gráfico.

4. ... criando no mínimo mais 3 Gráficos com o UNdata. Publicar no blogue a respectiva imagem e realizar um comentário breve a cada gráfico.
Exemplo (login Gmail)

5. ... mencionando para os dois grupos de países a evolução do IDH assinalada no Trends http://hdr.undp.org/en/data/trends/

6. ... tendo em consideração o conjunto dos dados reunidos nos pontos anteriores, e os comentários parcelares. Sintetize num comentário global as conclusões a que chegou. Enriqueça o seu comentário referindo características dos países que trabalhou (utilizando os links neste post e/ou pesquisa).

EXEMPLO: Em todos os países a Taxa de Fertilidade tem caído nos últimos 50 anos. Nos Estados Unidos o indicador encontra-se em 2,1, número que constitui referência na análise do mesmo. Significa que mantendo-se os níveis de fecundidade, a sociedade se encontra exactamente a substituir a população que vai morrendo. Uma Taxa de Fertilidade superior (inferior) a 2,1 significa crescimento (redução) da população. Dos países seleccionados no gráfico abaixo quase todos apresentam uma taxa de fertilidade inferior ao nível de renovação das gerações, constituindo a Índia a única excepção. Note-se que em 1960 o Brasil, a Índia e a China observavam taxas de fertilidade muito superiores às registadas nos países desenvolvidos.
Portugal, Itália, Grécia e Espanha encontram-se neste indicador muito próximos da Alemanha. Se nos PIGS se pode a associar a reduzida fertilidade a factores estruturais que persistem em reduzir as suas expectativas de crescimento e desenvolvimento, já relativamente à Alemanha se poderá observar que a sua pujança económica não se traduz no crescimento da população.

Dois conceitos que frequentemente se confundem: Taxa de Fertilidade e Taxa de Fecundidade

A Taxa de Fertilidade (nascidos/mulher) representa o número de crianças que nasceriam às mulheres se elas viverem até ao fim de seus anos férteis tendo filhos de acordo com as actuais taxas específicas de fecundidade por idade.

A Taxa de Fecundidade Geral representa o número de nados-vivos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido ao efectivo médio de mulheres em idade fértil (entre os 15 e os 49 anos) desse período (habitualmente expressa em número de nados-vivos por 1000 mulheres em idade fértil), (metainformação – INE).

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