Taxa de Inflação em Portugal e na Área Euro de 2011 a 2014

I

Utilizando o ficheiro de ajuda, calcula a Taxa de Inflação em Portugal e na Área Euro de 2011 a 2014.

1. Completa as tabelas acima utilizando 2 casas decimais e personalizando as imagens.
2. Indica em que ano, (A) em Portugal e (B) na Área Euro:
a) Os preços estavam mais baixos;
b) Os preços estavam mais altos;
c) Os preços subiram mais;
d) Os preços subiram menos.

3. Explicita o conceito de taxa de inflação implícito neste exercício.

4. Interpreta para 2012 (A) em Portugal e (B) na Área Euro:
a) O Valor do Cabaz;
b) O Índice de Preços no Consumidor com 2010=100;
c) O Índice de Preços no Consumidor em cadeia;
d) A Taxa de Inflação.

5. Supõe que o sr. Silva, residente em Portugal, recebia 800 € em 2011 e foi aumentado para 820 € em 2012. Indica o ano em que teve maior poder de compra. Justifica apresentando os cálculos efectuados.

II
Considera o gráfico abaixo.
Fonte: Destaque do INE, 13/Jan/2013.
01 Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas
02 Bebidas alcoólicas e tabaco
03 Vestuário e calçado
04 Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis
05 Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação
06 Saúde
07 Transportes
08 Comunicações
09 Lazer, recreação e cultura
10 Educação
11 Restaurantes e hotéis
12 Bens e serviços diversos

1. Partindo do Gráfico 2 calcula as taxas de inflação em 2011 e 2012.

2. Identifica as três categorias em cada um dos anos, em que o contributo para a taxa de inflação foi:
a) Maior;
b) Menor.

3. Identifica a categoria com em contributo negativo.

III
Assinala com X a resposta correcta às seguintes questões dos exames de 2016.


Taxa de câmbio



Adoptando taxas de câmbio flexíveis, o banco central não intervém no mercado cambial.

A taxa de câmbio irá ajustar-se para equilibrar o mercado, fazendo com que a procura e a oferta de moeda estrangeira se equilibrem.

Com taxas de câmbio flexíveis, a ausência de intervenção implica uma balança de pagamentos equilibrada. Qualquer défice na Balança Corrente se traduzirá em escassez de divisas, que aumentará a taxa de juro. Então, o défice corrente deverá ser financiado por entrada privada de capital, e qualquer superavite corrente originará saídas de capital. Os ajustamentos na taxa de câmbio asseguram que a soma das contas corrente e de capital sejam iguais a zero.

Qual seria o efeito de um aumento de impostos sobre a balança de pagamentos, supondo taxas de câmbio flexíveis e perfeita mobilidade do capital?



Portugal encontra-se integrado na Zona Euro, tendo relativamente a estes países uma taxa de câmbio fixa. Como as taxas de câmbio não oferecem margem de variação, quando os preços e os rendimentos internos ficam desajustados entre os países, qualquer desequilíbrio no produto ou no emprego dos europeus tem tendência a ser corrigido através da variação dos níveis de preços internos. Isto é, adoptada uma taxa de câmbio fixa, os países enfrentam um facto incontornável: o produto e o emprego reais têm de se ajustar para assegurar que os preços relativos continuem alinhados com os dos parceiros comerciais.

Para compreender o efeito do défice da Balança de Pagamentos portuguesa relativamente à Alemanha, leia o nome destes países no esquema seguinte, em vez dos EUA e Inglaterra.



1. Construa o mecanismo de ajustamento de Hume para representar o que estará a suceder na actualidade entre Portugal e a Alemanha.

2. Utilizando os argumentos expostos neste post, e os recursos abaixo problematize a participação de Portugal da Zona Euro num texto com 300 palavras.



Recursos

TEXTO SÍNTESE (*)

ESQUEMA

CGD - a solução para a crise financeira portuguesa?

Eurocrise: uma outra perspectiva, Vítor Bento

A máquina de criar dívida

A máquina de criar dívida - Texto parcialmente reciclado (*)

Recordando a estrutura da Balança de Pagamentos



Estrutura da Balança de Pagamentos, Excel/Drive.

Lê atentamente a apresentação da Balança de Pagamentos, e responde às questões abaixo.

A necessidade de destacar os recebimentos para investimento atribuídos através dos fundos comunitários, levaram o FMI a propor a alteração da estrutura da Balança de Pagamentos, criando uma nova Balança de Capital para destaque dos mesmos. A anterior Balança de Operações Não Monetárias - antes ainda referida como BOC passou a integrar a Balança de Financiamento, como se pode observar no Quadro Comparativo.

1. Indica se o impacto dos fenómenos abaixo descritos são favoráveis (+), desfavoráveis (-) ou inexistentes (0) sobre o saldo da Balança Comercial (BC), da Balança de Serviços (BS), da Balança de Bens e Serviços (BB&S), da Balança de Rendimentos (BR), da Balança de Serviços e Rendimentos (BSR), da Balança de Transferências unilaterais(BTu), da Balança Corrente (BCor) e na Balança de Capital (BK).
Utiliza o ficheiro de ajuda.



2. Indica relativamente a 2008, o saldo:
a) da Balança Comercial
b) da Balança de Serviços
c) da Balança de Rendimentos
d) das Transferências Unilaterais
e) da Balança Corrente
f) da Balança de Capital

3. Calcula relativamente a 2008:
a) a soma Balança Corrente + Balança de Capital
b) em que percentagem os Serviços permitiram financiar o défice da Balança Comercial
c) em que percentagem as Transferências Unilaterais permitiram financiar o défice da Balança Comercial

4. Interpreta os valores a que chegaste em:
a) 3. a)
b) 3. b)
c) 3. c)

5. Observa que de 2006 a 2008 a Balança de Rendimentos apresenta um saldo negativo.
Explica porque é que isso se verifica.

6. Observa que de 2006 a 2008 a Balança Comercial apresenta um saldo negativo.
Justifica esta observação, explicando porque o défice é de natureza estrutural.

7. Estudaste os indicadores mais comuns do comércio externo. Admite uma discussão sobre o valor da Taxa de Cobertura em 2007. O sr. Alberto argumenta que a TC é de 120%, o sr. Bruno argumenta que a TC é de 80%.
7.1. Demonstra que um dos dois srs. está necessariamente errado, relacionando a Taxa de Cobertura com o défice da Balança Comercial.
7.2. Interpreta o significado económico do valor da Taxa de Cobertura que não consideraste incorrecta.

8. O PORDATA apresenta os saldos das principais componentes da Balança de Pagamentos em percentagem do PIB.
8.1. Indica a importância relativamente ao PIB, em 2020 (Consulte o PORDATA), da:
a) Balança Corrente;
b) Balança de Capital; e
c) Balança Financeira.
8.2. Verifica que valor obténs determinando x = +Balança corrente + Balança de capital - Balança financeira. Justifica.
8.3 Em 2020 a economia portuguesa tinha capacidade ou necessidade de financiamento. Justifica.

A divisão internacional do trabalho

Qual é o objectivo de toda a impressionante azáfama deste Mundo? Qual a finalidade da avareza e da ambição, da busca da riqueza, do poder e da notoriedade?” Quem fez esta pergunta foi Adam Smith (1723-1790) que lhe respondeu na obra A Riqueza das Nações (1776) propondo uma explicação dos mecanismos económicos com recurso à milagrosa metáfora da Mão Invisível.

Nos primórdios da Revolução Industrial, apontou os enormes ganhos de produtividade derivados da especialização e divisão do trabalho. Ficou célebre o exemplo onde descreveu o fabrico especializado numa fábrica de alfinetes, em que “um homem tira o aço, outro estica-o, outro corta-o” etc. Em resultado da divisão do trabalho descrita, 10 pessoas produziam 48.000 alfinetes por dia, enquanto se “todos trabalhassem separadamente, nenhum poderia fazer vinte, talvez mesmo nem um alfinete por dia”. O aumento do nível de produção resultante da especialização permite um aumento do bem-estar dos consumidores pelo simples incremento do comércio interno, isto é, entre os agentes económicos de um determinado país. No entanto, se comércio de alargar a outros países – comércio externo – as vantagens ainda serão maiores.

A divisão internacional do trabalho, isto é a especialização das nações na produção dos bens que produzem mais eficientemente, exportando-os, e assim obtendo divisas para importar os bens que outros países produzem com menores custos. Os recursos (naturais, humanos, financeiros, tecnológicos, culturais, etc.) encontram-se distribuídos diferentemente entre os países, sendo mais competitivos em determinados produtos.
http://www.infopedia.pt/$divisao-internacional-do-trabalho

Contrariando o bom senso, mesmo que um país tenha menores custos que outro em todos os produtos, ambos continuarão a ter vantagem no comércio internacional, desde que cada um se especialize na produção em que tem maiores vantagens comparativas, isto é, menores custos quando comparados os diversos bens. Como a Teoria das Vantagens Comparativas não é tão fácil de compreender quando o resto, será desenvolvida num post autónomo.

  • A nível mundial o século XX divide-se em dois períodos distintos. O período 1914-45 foi caracterizado por uma força destruidora, redução do comércio mundial, isolamento crescente, guerras militares e comerciais frias e quentes, despotismo e depressão. Após a II Grande Guerra Mundial, o mundo tem usufruído de crescente cooperação económica, da ampliação dos laços comerciais e da integração crescente dos mercados financeiros, da expansão da democracia e de um crescimento económico rápido. O contraste nítido entre a primeira e a segunda metade do século XX é um aviso dos elevados objectivos de uma gestão esclarecida das nossas economias, nacional e global. Economicamente, nenhum país é uma ilha em si mesmo. Quando o sino anuncia depressão, ou crise financeira, o som ecoa por todo o mundo.
    Paul Samuelson
A internacionalização da economia abrange quatro grandes tipos de transacções entre agentes económicos de países diferentes:
- movimentos internacionais de bens e serviços (comércio externo);
- movimentos internacionais de factores de produção (investimento directo estrangeiro, migrações internacionais);
- transferências internacionais de rendimento (remessas de emigrantes, repatriamento de lucros, ajuda externa);
- movimentos de activos financeiros que suportam os movimentos de bens, serviços e factores de produção (balança financeira).
http://wps.fep.up.pt/wps/wp146.pdf

Desde o final da II GGM até à crise financeira de 2007-2008 o comércio externo cresceu a um ritmo superior ao da produção, e foi fonte de prosperidade económica no Mundo, particularmente nas economias mais avançadas como os EUA, a Europa Ocidental e o Japão. Estas economias são caracterizadas por uma rede intrincada de comércio entre os indivíduos e os países, que depende de uma ampla especialização e da divisão do trabalho.

A União Económica e Monetária é uma das grandes experiências económicas da história. Nunca antes um grupo tão alargado de países tão poderosos colocou a sua sorte económica num corpo multinacional como o Banco Central Europeu. Nunca antes um banco central tinha sido encarregado de destino macroeconómico de um grande grupo de países com 300 milhões de habitantes que produzem 7 mil milhões de dólares de bens e serviços (Samuelson). Embora os optimistas apontem para os benefícios microeconómicos de um mercado alargado com menores custos de transacção, os pessimistas temem ameaças de estagnação e de desemprego da união monetária devido à falta de flexibilidade dos preços e dos salários e de uma insuficiente mobilidade de trabalhadores entre os países. De 2002 a 2007 o Euro e o BCE funcionaram satisfatoriamente, constituindo a actual crise financeira como o maior teste à sua validade.



1. Distinga comércio externo de comércio interno.

2. Explicite como a especialização e a divisão do trabalho contribuem para as empresas e os países obterem ganhos de produtividade.

3. Explique como o comércio externo contribui para a divisão internacional do trabalho (DIT).

4. Indique os quatro grandes tipos de transacções entre agentes económicos de países diferentes.

5. Refira alguns motivos que expliquem por que razão o comércio externo poderá ser mais vantajoso para as economias mais avançadas.

6. Problematize o futuro da União Económica e Monetária, apresentando pelo menos um argumento optimista e outro pessimista.

7. Identifique os cinco bens (5 de exportações e 5 de importações) e os cinco mercados (5 clientes e 5 fornecedores) mais importantes no comércio externo português, consultando as estatísticas do Comércio Internacional (PORDATA) para 2019. Justifique as ordenações que obteve com os valores observados.